Das Leituras Passadas: Janeiro/Fevereiro/Março

25 março C. Vieira 0 Comments

Olá!

Mais um ano chegou e as leituras continuaram. Não de forma rápida, mas em seu belo progresso de tartaruga: devagar e sempre!

Minhas leituras aumentaram bastante de 2015 em relação a 2014. E estou tentando manter o mesmo ritmo. Mas ainda tenho dificuldades em pegar um livro e ter paciência em terminá-lo. Não é que eu não goste de ler. 

Eu AMO ler! 

Para mim, nunca existiram momentos melhores do que aqueles em que eu achava um canto calmo e me debruçava sobre uma nova história. Sempre gostei muito de ficção, mas após a faculdade, me acostumei também a ler não-ficção de maneira prazerosa.

Contudo, ultimamente, para mim, está sendo difícil encontrar paz e prazer fazer muitas coisas que antes eram, digamos, refúgio de problemas. Os tais 'problemas' ocuparam todas as áreas, por isso, é uma luta ler sem parar - como eu gosto! - um livro. 

Pior ainda se o livro for enjoativo. Aí, o amor acaba mesmo e a leitura não anda.

Bem, nestes estes primeiros meses eu, infelizmente li pouco. Às voltas com um gigantesco ( e igualmente chato!) projeto, me vi com pouco tempo para fazer tudo o que gosto. Incluindo nisto, ler.

Assim, resolvi fazer a Meta de leitura exatamente para me forçar a sair dessa posição de frustração e procrastinação. Mas vamos lá, para não perder o pique:


Janeiro 

Li (pouquíssimo) neste primeiro mês do ano.

Descobrir o Prazer da Vida, Khalil Gibran (físico)
Este foi o primeiro livro que li no ano. Na verdade, eu o li antes de formular a Meta de leitura, mas decidi incluí-lo para não perder o registro das minhas lidas em 2016. E eu o "encontrei' numa página no Facebook que o recomendava como um leve sopro de vida. O livro é bem pequeno. Tem 52 páginas e é, na verdade, um poema escrito pelo filósofo e ensaísta Gibran Khalil Gibran, de quem conheço o trabalho. A obra é simples, mas exatamente por isso, tocante. Eu gostei muito de ler este livro. 



Nota: 4/5 



Fevereiro 

Infelizmente, não li muito também em Fevereiro mas o bônus é que comecei a organizar aos poucos as leituras criando o Desafio de Leituras. E isto ajudou muito.


A Doçura do Mundo, de Thrity Umrigar (físico)
Então, comecei a lê-lo ano passado, mas não me empolguei, a princípio, com a estória e acabei largando-o. Porém, no início deste mês, resolvi deixar a preguiça de lado e encarar a leitura até o fim. E o resultado foi paixão completa. Caso queira saber mais dessa aventura, dê uma olhada em minha paixão pelos livros. eu recomendo esta leitura a qualquer um com tempo de pensar em como a vida nos quebranta e, incrivelmente, nos reconstrói cada vez melhores do que já fomos.


Nota: 5/5 


Quem me conhece sabe do quanto gosto dos livros deste autor. Em um ato completamente impulsivo, comprei há alguns anos os três volumes dele lançados em português - O Mapa dos Ossos, A Ordem Negra e A Nova Traição de Judas (na verdade, são o 2º, 3º e 4º livros da série intitulada 'Força sigma'). Mas o primeiro não foi lançado no Brasil (e hoje eu sei bem o porquê!...). Contudo isso não significa que eu não daria um jeito de lê-lo. E o fiz este ano. E descobri por que este primeiro livro da série não foi publicado...
A história é basicamente o momento anterior à criação da Força Sigma e, por isto, os principais personagens não aparecem neste livro, exceto um: Painter Crowe. O enredo é sobre um fenômeno geotérmico que coloca o personagem citado e uma curadora do Museu Britânico na busca por uma cidade perdida, a qual contém um segredo antiquíssimo que pode levar a extinção de todos os seres vivos sobre a Terra, caso caia em mãos erradas. As histórias basicamente envolvem conhecimento científico, histórico e uma boa dose de inclinação ao fantástico. Contudo, mesmo eu sendo uma pessoa cética sei separar a parte do lúdico do que sei ser baseado em fatos.
Quanto ao livro, eu não o recomendo a ninguém. Talvez, para não ser mui agri, aos que leram os três publicados em português e que desejariam conhecer o início da saga (que tem mais de 10 livros hoje em dia... e contando!) seja uma boa ideia lê-lo. E eu não sugiro a leitura porque, apesar da ação ser do início ao fim (uma marca que sempre se encontra nos livros do Rollins e que o fez ser escolhido para transformar em livro o filme "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"), é uma história "menor", como se o autor estivesse dando seus primeiros passos no mundo literário e ainda cometesse pequenos deslizes ao criar cenas.
Eu, pessoalmente, não gostei mais do que 60% da história. O enredo é bom, mas não me envolveu.


Nota: 3/5




Ainda que 'A Cidade Perdida' tenha sido um livro não tão empolgante, para MIM (deixo isto claro!), eu gosto do autor e queria ler esta continuação - o 5º livro da série 'Força Sigma'. E valeu a pena! Desde que lançaram pela Ediouro os três livros que já citei, eu queria ler esta continuação (sem spoilers, mas era muito importante para entender o final do 3º/4º livro). E ele  não me decepcionou. O nível de adrenalina permanece alto. O uso de ciência e História mantém-se. 
A história fala sobre manipulação genética, autismo e mais uma vez, a tentativa de destruir e/ou dominar o mundo. Sempre tem alguém aprontando alguma coisa à la "Pink e Cérebro" nos livros dele...
Bem, eu recomendo esta leitura, para quem gosta de livros que lembram filmes do tipo de 'Indiana Jones': muita aventura e ação e uma dose de história temperando tudo. O engraçado é que algumas pessoas (que não leram qualquer livro de Rollins) os comparam aos do Dan Brown. Bem, eu nunca li os deste autor (ainda não desejo ler), mas algo me diz que não são iguais. A "pegada" é diferente, ainda que a ideia de misturar ciência e história com ação esteja nos dois. Um dia eu os comparo, quem sabe.


Nota: 4,5/5



Bem, eu já havia dito antes que quando comecei a ler este livro a primeira coisa que pensei foi: Jessica Day encontra Sheldon Cooper. Dadas as suas diferenças o encontro de Don e Rosie é inusitado e rende muitas questões sobre porque não temos paciência para levar adiante um relacionamento com alguém bem diferente de nós. O Projeto em si rende mais motivos para rir do que a seriedade que ele supostamente deveria passar. Mas em meio a busca científica da meta, Don fala de seus receios, seus medos e mesmo tratando de sua manias, ele mostra-se mais humano do que imagina. O final deixou a desejar num pequenino ponto (que é melhor você ler para descobrir), mas no todo foi uma leitura muito divertida. E sim, tirando o Aikidô, era um esquisitíssimo Sheldon Coooper encontrando uma excêntrica Jessica Day.


Nota: 3/5



A Chave Maldita, James Rollins (ebook)  
Olha só mais um livro da Força Sigma?! 
Sim, este entra na posição "36. Um livro e sua sequência", sendo a continuação de O Último Oráculo do qual já falei lá em cima. Eu não esperava sequer ler este livro em 2016, mas surgiu a oportunidade e eu resolvi incluí-lo com seu irmão anterior no Desafio. Como continuação, este não deixou a dever ao anterior. A história permanece no ritmo frenético de ação, perseguição e descobertas históricas. Neste livro temos povos anteriores aos druidas, outra tentativa de aniquilação mundial (se não tiver uma coisa assim, não é livro do James Rollins!), a Seichan de volta e uma reflexão séria sobre o futuro, real, que nós como população mundial podemos acabar tendo se não pararmos para analisar o caminho que seguimos. O futuro pode estar sendo pintado em cores cada vez mais sombrias no Hoje e sequer, talvez/provavelmente, nos importemos com o que restará para as futuras gerações. Aventura, adrenalina e questionamento humanitário sempre é bem vindo, não? Eu recomendo, como o anterior a este para quem gosta de livros com muita ação, descrições históricas e um pouco de ficcção científica.
(P.S: Eu acabei lendo a continuação (eu não ia conseguir aguentar esperar!) dele chamado "A Colônia do Diabo". Mas como não faz parte da meta, não colocarei aqui. É bom, não no mesmo nível e lhe dou uma nota 3,5/5.)


Nota:4,5/5


Arrebatado pelo Mar, Nora Roberts (físico)  
E terminando o mês está o livro "perda de tempo" do ano. Já tive alguns assim, em que fui até o fim por pura teimosia, e o livro demonstrou ser uma decepção para mim. A história é sobre um de três irmãos adultos - que foram adotados na adolescência por um casal muito bondoso. O protagonista é arrogante, estúpido, egoísta e um pouco obtuso. Ele deve cuidar de um menininho - junto com os irmãos - que foi adotado pelo pai generoso antes deste falecer. A história gira em torno do tal cuidado e dos três homens comerem, xingarem, beberem, xingarem e demonstrarem que estão satisfeitíssimos com esta vida. O livro é um clichê sem sentido atrás do outro. Os três homens são bonitos e só. As mulheres são lindas e sabem cozinhar/limpar/cuidar de todos. O menino é um gênio, mas mal criado. E a história não tem muita coisa a mais. Eu esperava uma daquelas revelações de cair o queixo em algum ponto da leitura, e... nada! 
Não é spoiler, o livro é ruinzinho mesmo. Dou um pequeno aval para a descrição da Baía de Chesapeake, por que dá vontade de visitar o local. Mas é só isto que tem de bom. 
E, a propósito, é uma série. Este é só o primeiro e é bom saber que será o último, para mim.


Nota:0,5/5



Então, estas foram as leituras por ora. O projeto está lento porque a vida não gosta de dar tempo para ler. Assim, eu vou do jeito que der. Ainda esperando que mais um Nota 5 surja este ano. Não há um período de 12 meses em que eu não esbarre em um livro para chamar de Favorito. Se forem dois, é o paraíso! Ainda há esperança...


Até a próxima!

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